Diante de toda essa falta que você me faz
Desse intervalo atroz... cruel e desumano
Imploro ao relógio... aos ponteiros
Se apressem, senão morro de tédio.
A vida sem você é como essa TV ligada no fim da noite
Sem imagem... sem som... sem nada!
A vida só começa quando você chega!
Quando esse celular enfim toca
Transformando signos auditivos em esperança.
Nesse instante o coração acelera
Minha alma instantaneamente se rejuvenesce
Finalmente é hora de você.
Nesse momento mágico
Desligo todos os relógios nas prateleiras
Distancio-me do mundo todo
O tempo é o meu grande oponente
Inimigo dessa paixão latente
Que só inicia-se nesse momento em que você chega.
Amanhã tudo se resumira a esse vácuo vazio
O celular despertará na hora de sempre
Você se levantará deixando essa cama gélida.
Os lençóis desforrados e sem utilidade
Levarão de mim seu cheiro
Nessa manhã sem graça que se anuncia.
O dia passará penoso arrastando-se
Cada minuto será uma completa eternidade
Em frente a esse meu aborrecimento visível.
Busco de novo um referencial em qualquer canto
Que de algum modo indique
A possibilidade desse encontro de novo acontecer.
Como um ciclo viciado em sofrimento, paixão e saudade
Todo o ritual recomeça
A tarde pouco a pouco torna-se noite
E o vento glacial da madrugada
É substituído por esse calor extasiado
Que toma essa sala... Esse quarto...
Nesse minuto exato em que você chega!
joasvicente
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
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