Essa pessoa que fui eu
Aflora-se como uma tempestade
Numa tarde de Sol
Num dia claro que sucumbe
Frente ao negrume das nuvens.
Esse eu que se negou
Levanta-se com toda altivez
As pequenas coisas
Os gestos mínimos
Nesse passado presente...
Tão distante.
Cada dia fica mais claro
O desejo de conhecer-me de novo
Sem esses atuais dilemas
Sem essas filosofias vãs
Essas indagações inúteis.
Quero a essência minha
A simplicidade suburbana
A conversa na esquina
O flerte das moças todas.
Quero esse “eu” escondido
Em todos os livros da estante
Em todas as músicas requintadas.
É hora de jogar tudo isso fora
Jogar esse EU fora
Esse que nem sou eu.
Preciso reconhecer-me novamente
Preciso!
Como parte desse nada
Dessa vida toda
Que não vale nada
A não ser pra esse EU escondido.
joasvicente
quinta-feira, 11 de junho de 2009
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