sábado, 20 de junho de 2009

CIVILIZAÇÃO

Preciso de uma loucura
Nesse exato instante
De uma grande loucura pra viver.
Uma visão avassaladora
Um desvario qualquer
Já é um alívio pra me sentir vivo
De novo!

Pensar em nada
Não sentir nada, nem ninguém
Preciso de uma loucura que não me faça pensar
Não quero pensar em nada
Quero uma loucura, apenas...
Uma loucura
Pra não morrer...

Quero a essência do instinto
Esse animal domado que reside em meu peito
Quero a insensatez como guia
O acaso como objetivo
Quero o desatino
A completa insanidade.
Almejo a loucura!

A volúpia... O desejo...
Quero esse cerne da existência
Sentir apenas o vento batendo no corpo
Nessa alma nua de sentimento
Despudorada de juízo...
De razão
Inerte a qualquer dor!

Rasgar o peito como se me libertasse
Dessa atroz prisão da consciência
Ser selvagem entre a ilusão e a realidade
Ser o encontro entre a pulsação e a continuidade
Quero o sabor dessa ambição
Entranhada em meu corpo débil
Em minha alma vazia.

Quero enlouquecer!
Compreender esse ser endoidecido
Que mora em mim
Habita meus sonhos mais íntimos
Vive no limite de minha sanidade
No vazio desse reles espectro
E é freado pela voz da Civilização.

joasvicente

Um comentário:

Veruska disse...

Típico d alguém q queira se libertar ! Mas ... p/ alguns, viver na loucura é essencial ! 'Meu caso'.
Muito sucesso Joás, vlw por tudo !
Beijos e beijos !

Nêga .