Diante desse desejo louco que ressurge em mim
Paira uma ebulição de paixão
Como uma vontade insana de me descuidar.
Passa distante de mim esse espectro aterrador
Que hipnotiza-me por completo
Com suavidade... pavor e beleza.
Meus olhos prostrados diante de tamanha formosura
Saciam por um mero instante
Esse incômodo perpétuo de visão tamanha encantada.
Que passa sorrateiramente pela janela
E deixa em meu pensamento
A ilusão do próximo encontro.
Como um imã de intenso magnetismo
Minha alma é compelida a deixar o meu corpo
Meus olhos cheios de temor
Padecem de uma doença sem explicação
Que deixa marcada em minha alma
A dor de você passar e eu te olhar.
Certas vezes busco esse olhar em outros olhos
Mas só enxergo essa vivacidade tua
Nessa face iluminada
Que infamemente não é minha
Mas que roubo-a de te
Nesses teus raros momentos de descuido.
Descuida-te senhora!
Passas lá no caminho da estrada
E deixa o teu cheiro nas brisas.
Deixa esse encantamento encantado
Como um aroma exalado de teu corpo
Envolto nessa penumbra que é o meu pensamento.
Perde-te nos meus olhos
Nem que seja de relance... ao acaso
Dá ao meu peito essa ilusão ultima
De te imaginar minha sem o ser.
Não desvia-te de meu olhar
Descuida-te!
joasvicente
terça-feira, 17 de novembro de 2009
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