quinta-feira, 6 de agosto de 2009

“SOU UM ADOLESCENTE!”

Eu sou um adolescente de escola!
Sempre fui... você não percebeu?
Minhas atitudes sempre foram extremas... inadequadas
Sempre fui aquele imaturo... volúvel.
Nunca percebi a diferença entre discrição e loucura
Sempre foi um problema pra mim
Distinguir entre prazer e sensatez.

Esses tempos de instabilidades
Perpetuaram-se em mim
Como as sobras de uma sombra de um vulcão qualquer.
Dia desses, morro de ser eu
Morro de cabeça erguida
Pois foi ato de confessionário
Esse não se adaptar a essa coisa cotidiana... A vida.!

Por isso hoje prefiro a puberdade
Esse individuo de olhos fechados
Para quem a novidade não é o agora
É o sentir do próximo minuto
Em que me estendo sobre essa vida imediata
Sobre esse sentir próximo...
Nessa existência urgente!

Querem saber de uma coisa?
Arre com os estetas... com os psicólogos...
Esses abutres da angustia alheia.
Arre com o mundo todo “perfeito”
Salve a melancolia... as dores... os despautérrios
Viva a tudo o que se assemelha a essa contra-evolução
A esse contra-senso... a essa CON-TRA-DI-ÇÃO!

Saúdo os amargurados
Sou um adolescente, ouviram?
Um quase adulto...
Nessa vida, quase vida
Desse mundo quase nada
Desse nada eu... ou quase eu.
Não sei ao certo.

Sou o irresponsável... o equivocado
Com vontade intensa de ser
Inda mais bobo e menos lúcido.
Menos propagador dessas idéias todas
Filosóficas... Intelectuais... Sábias...
Que carregam como pano de fundo
O controle esmagador da razão.

Palmas para a sem razão
Para o pensamento inacabado
Para esse trauma todo que se manifesta como agonia
Como aflição... Como paixão!
Sou o apaixonado em potencial
Que vive essa eterna juventude
Expressa em mim como solidão.

Sou só... Sozinho!
Vivo por esse caminho tortuoso
Esse vácuo ardente e impetuoso
Chamado de “meu pensamento”.
Vivo no limite de todo esse desespero
Preso em minha cabeça
E expresso nesse texto sem nexo.

Esse texto sou eu!
Sem o discernimento que marca os ponderados
Sem o amor que marca os amantes
Sem o isolamento que marca os solitários
Sem nada como conceito.
Apenas perpetuamente adolescente
Púbere de alma!

joasvicente

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