Eu...
Um reles burocrata
Como posso pretender entender a alma humana?
Para mim...
Que não entendo nem o que faço
Nessa tardes infinitas;
Para quem tudo é papel...
Números... notas
Não entender é entender.
Então...
Seguindo sem entender.
Debruço-me sobre este papel
Nesse ambiente inóspito
Sem desejos ou aspirações
Sobre que abismo é esse
A alma humana?
As frias notas
Têm tão mais significado pra mim
Do que a alma humana!
Porque as entendo
Ou simulo entendê-las
nem sei bem
O que é entender
ou o que é simular?
Sei tanto dessas notas
Papeis... números... gráficos
Que às vezes penso
Que tudo é alma
E simulo entender sempre!
Nesse instante
Prefiro a ilusão ao entendimento.
Talvez...
O que me instiga na alma humana
Seja isso:
Essa similaridade com as notas
Essa simulação de entendimento
Essa ilusão permanente.
É tanto sentir
Que nem sinto mais.
Tudo se tornou tão comumente incompreensível
Tudo...
Que tudo é alma
Só alma.
joasvicente
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
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